2008-12-11

2008-10-28

bella símamær

björk

também nós, em funiscas, tentávamos aprender a pescar ;)



Hún Bella, Bella, Bella, Bella símamær,
Er ekki alveg fædd í gær.
Hún Bella, Bella, Bella, Bella símamær,
Hún kann á flestum hlutum skil, og kallar á vidtalsbil.

Í ástarmálum gildir adeins forganghsrad,
Ég ætti best ad vita thad.
Í fjöri jafnt sem fegurd alla út hún slær,
Hún Bella, Bella, Bella símamær.

Halló, halló, já hvad heitid ér?
Hvad viljid thér mér? Ég thekki ydur nú.
Halló, halló, nei ert etta thú?
Ég ekki ig nú, á semjum vid frid,
Ar slóstu mér vid!
Og augun hennar eru bædi blá og djúp og skær,
Hún brosir dátt og hlær.

Hún Bella, Bella, Bella, Bella símamær,
Er ekki alveg fædd í gær.
Í fjöri jafnt sem fegurd alla út hún slær,
Hún Bella, Bella, Bella símamær.

Halló, halló, já hvad heitid ér?
Hvad viljid thér mér enn? Ég thekki ydur nú.
Halló, halló, nei ert etta thú?
Ég ekki ig nú, á semjum vid frid,
Ar slóstu mér vid!
Og augun hennar eru bædi blá og djúp og skær,
Hún brosir dátt og hlær.

Hún Bella, Bella, Bella, Bella símamær,
Er ekki alveg fædd í gær.
Í fjöri jafnt sem fegurd alla út hún slær,
Hún Bella, Bella, Bella símamær.

Hún Bella, Bella, Bella, Bella símamær,
Er ekki alveg fædd í gær.
Í fjöri jafnt sem fegurd alla út hún slær,
Hún Bella, Bella, Bella Bella, Bella, Bella Bella, Bella, Bella, Bella,
Bella símamær.

Translation:
Bella the operator

She's Bella, Bella, Bella, Bella the operator
Not quite born yesterday
She's Bella, Bella, Bella, Bella the operator
Knows something about everyone , tells you how long you've been on

In love calls she'll put you thru at once
I should be the judge of that
More fun and beautiful than any other
Oh Bella, Bella, Bella the operator

Hello, hello, yes what is your name?
What do you want with me, I know you now
Hello, hello, oh is that you?
I know you now, let's have a truce
There, you win!
And her eyes are blue and deep and bright
She smiles heartily and laughs

She's Bella, Bella, Bella, Bella the operator
Not quite born yesterday
More fun and beautiful than any other
Bella, Bella, Bella the operator

Hello, hello, yes what is your name?
What do you want with me, I know you still
Hello, hello, oh is that you...?
I know you now, let's have a truce
There, you win!
And her eyes are blue and deep and bright
She smiles heartily and laughs

She's Bella, Bella, Bella, Bella the operator
Not quite born yesterday
More fun and beautiful than any other
Bella, Bella, Bella the operator

She's Bella, Bella, Bella, Bella the operator
Not quite born yesterday
More fun and beautiful than any other
She's Bella, Bella, Bella, Bella, Bella, Bella Bella, Bella, Bella, Bella,
Bella the operator!

splendor in the grass

Director: Elia Kazan
Writer: William Inge
Release Date: 10 October 1961 (USA)
Genre: Drama | Romance

ODE: INTIMATIONS OF IMMORTALITY
The Child is father of the Man;
And I could wish my days to be
Bound each to each by natural piety.
(..)
X. Then sing, ye Birds, sing, sing a joyous song!
And let the young Lambs bound
As to the tabor's sound!
We in thought will join your throng,
Ye that pipe and ye that play,
Ye that through your hearts today
Feel the gladness of the May!
What though the radiance which was once so bright
Be now forever taken from my sight,
Though nothing can bring back the hour
Of splendor in the grass, of glory in the flower;
We will grieve not, rather find
Strength in what remains behind;
In the primal sympathy
Which having been must ever be;
In the soothing thoughts that spring
Out of human suffering;
In the faith that looks through death,
In years that bring the philosophic mind.

William Wordsworth

2008-10-25

2008-10-24

lisboa



dias que chegam ao fim
manhãs que nunca nascem
não arrefecem as memórias
queimam
saudades

2008-10-11

afirma pereira


by Memo Vasquez -FLICKR

"Encontrou nas escadas a porteira que o cumprimentou cordialmente e lhe disse: Bom dia, Doutor Pereira, hoje não há correio nem chamadas para o senhor. Chamadas como?, perguntou Pereira surpreendido, entrou na redacção? Não, disse Celeste com ar triunfante, mas hoje de manhã estiveram cá os empregados dos telefones acompanhados por um comissário da polícia, fizeram uma ligação entre o seu telefone e a portaria, disseram que quando não estivesse ninguém na redacção era bom que houvesse quem recebesse as chamadas, acham que eu sou uma pessoa de confiança. Você é até demais uma pessoa de confiança para essa gente, gostaria de ter respondido Pereira, mas não disse nada. Perguntou apenas: E se tenho de telefonar? Tem de passar pela central, respondeu Celeste com satisfação, e agora a su central sou eu, é a mim que tem de pedir os números, e veja lá que eu nem queria, Doutor Pereira, trabalho toda a manhã e tenho de fazer o almoço para quatro pessoas, tenho de alimentar quatro bocas, eu, e além dos filhos, que se contentam com qualquer coisa, tenho um marido muito exigente, quando vem da esquadra, às duas da tarde, traz uma fome de lobo e é muito exigente. Vê-se pelo cheiro a fritos que lhe sobe pelas escadas, respondeu Pereira, e não disse mais nada."
Afirma Pereira - António Tabuchi

2008-10-05

2008-09-25

El Método


Realização: Marcelo Piñeyro.

Nacionalidade: Espanha / Argentina / Itália, 2005.

Sete candidatos a um importante lugar numa empresa multinacional, fechados nos escritórios de um arranha-céus madrileno, enfrentam diversos testes que irão determinar qual o mais apto. O processo decorrerá segundo o Método Gronholm, uma herança americana, como não podia deixar de ser. Enquanto isso, na mesma rua de Madrid, desenrola-se uma manifestação anti-globalização diante do local de uma cimeira entre os países mais ricos do mundo.

A tensão das ruas transporta-se para a sala, quando os candidatos são informados de que entre eles há um espião da empresa, que irá observar os seus comportamentos e avaliá-los. Submetidos a um conjunto de provas cada vez mais surreais, serão os próprios candidatos, através dos seus comportamentos e escolhas, que irão determinando quem fica e quem é eliminado nesta corrida. Tacteando e medindo os outros, cuidadosos com os seus próprios passos, mas vorazes, são o espectáculo de circo romano perfeito para uma empresa que os observa sem se mostrar.

2008-07-13

my blueberry nights

"a story of a woman who takes the long route instead of the short one to meet up with the man she loves."

Director: Wong Kar Wai
Writers:
Wong Kar Wai & Lawrence Block
Release Date: 2007
Genre: Drama | Romance

harvest moon by cassandra wilson

2008-07-08

ben x

everything's dare

Director: Nic Balthazar
Writer: Nic Balthazar (novel)
Release Date: September 2007 (Belgium)
Genre: Drama

Ben X – A fase final conta a história de um adolescente que sofre de Síndrome de Asperger,uma forma mais branda de autismo.

Com extrema dificuldade de socialização e comunicação, Ben sofre a cotidiana opressão de seus colegas de escola pública.
Como refúgio contra essa vida dolorosa, Ben mergulha em Archlord, um MMORPG: massive multi-player online role-playing game – ou seja, um videogame jogado por milhares de pessoas online ao mesmo tempo, cada qual operando um personagem num mundo virtual de temática à la Tolkien. No jogo – que existe fora do filme – Ben é “nível 80”, um herói, em oposição ao “ninguém” do mundo real: tem armas e poderes cobiçados e até uma princesa apaixonada por ele.
A melhor dica para mergulhar no filme é ir munido de uma boa dose de generosidade infanto-juvenil, pois tudo nele está embebido em um olhar muito particular, indissociável de algo contemporâneo e ingenuamente jovem: da referência ao machinima à narrativa auto-referente e otimista, passando pela facilidade tecnológica de celulares, câmeras, internet e afins. Baseado num episódio real da vida de um adolescente autista oprimido por colegas de escola, o filme tenta nos manter na corda-bamba, misturando linguagens que vão do documental ao game, passando por uma ficção euro-juvenil com certos ares de Corra, Lola, Corra.
Renato Gome (Revista Cinetica)

2008-05-14

matildices > áquinista

- ó mãe, eu vou no comboio. sou o áquinista! eu sou uma menina, sou áquinistinha...
depois vem o peixineiro, apanhar estes bichos. no correio.
vai fechar o peixe à porta. à porta do noé.

2008-05-13


"penso: talvez o céu seja um mar grande de água doce e talvez a gente não ande debaixo de céu mas em cim dele; talvez a gente veja as coisas ao contrário e a terra seja como um céu e quando a gente morre, quando a gente morre, talvez a gente caia e se afunde no céu."
josé luís peixoto . "nenhum olhar"

2008-05-10

2008-05-09

matildices > os carros das pessoas e as suas cores

- ó mãe, porque é que há pessoas com carros amarelos?
- porque gostam...
- também há pessoas com carros azuis e pretos, por exemplo o carro da mãe é azul e por exemplo o carro do pai é preto... mas sóque eu não sei a cor do carro do vôvô...
- é cinzento.
-ah, pois! é cinzento. e o da minha avó também é cinzento e o da tigelinha é azul clarinho verde, mas sóque a maria josé não tem carro [cara triste]. o david e o paulo têm carro. é branco como os dentes.

terneuzen, 2008.05.08

2008-05-07

a casa



Chegar de novo
Sentir o amor
Voltar a casa sem pensar
Deixar a luz entrar
(a casa ... a. calcanhoto)

ouvir

2008-05-05

está decidido


mystic lamb . van eyck

2008-05-04

mãe

minha mÁezinha táo querida
nunhá no mundo âutrássinhe
hei-de gostar siempre dela
como ela gosta de mínhe

a bicla da bibita

2008-04-20

é tão bom


ouvir

Vale a pena ver castelos no mar alto
Vale a pena dar o salto
P’ra dentro do barco, rumo à maravilha
E pé ante pé desembarcar na ilha
Pássaros de cores que eu nunca vi
Que o arco-íris queria para si, eu vi
O que quis ver afinal

É tão bom uma amizade assim
Ai, faz tão bem, saber com quem contar
Eu quero ir ver quem me quer assim
É bom p’ra mim, é bom p’ra quem tão bem me quer

Vale a pena ver o mundo aqui do alto
Vale a pena dar o salto
Daqui vê-se tudo às mil maravilhas
Na terra as montanhas e no mar as ilhas
Queremos ir à lua mas voltar
Convém dar a curva sem se derrapar
Na avenida do luar

É tão bom uma amizade assim
Ai, faz tão bem, saber com quem contar
Eu quero ir ver quem me quer assim
É bom p’ra mim, é bom p’ra quem tão bem me quer

2008-04-10

baraka


a film by Ron Fricke
Baraka
is an incredible nonverbal film containing images of 24 countries from 6 continents, created by Ron Fricke and Mark Magidson, with music from Michael Stearns and others. The film has no plot, contains no actors and has no script. Instead, high quality 70mm images show some of the best, and worse, parts of nature and human life. Timelapse is used heavily to show everyday life from a different perspective. Baraka is often considered a spiritual film.

Baraka is an ancient Sufi word, which can be translated as "a blessing, or as the breath, or essence of life from which the evolutionary process unfolds." For many people Baraka is the definitive film in this style. Breathtaking shots from around the world show the beauty and destruction of nature and humans. Coupled with an incredible soundtrack including on site recordings of The Monks Of The Dip Tse Chok Ling Monastery.

Baraka is evidence of a huge global project fueled by a personal passion for the world and visual art. Working on a reported US$4 million budget, Ron Fricke and Mark Magidson, with a three-person crew, swept through 24 countries in 14 months to make this stunning film.
One of the very last films shot in the expensive TODD-AO 70mm format, Ron Fricke developed a computer-controlled camera for the incredible time-lapse shots, including New York's Park Avenue rush hour traffic and the crowded Tokyo subway platforms.

Some people find the lack of context in Baraka occasionally frustrating, not knowing where a section was filmed, or the meaning of the ritual taking place. However, the DVD version includes a short behind-the-scenes featurette in which cinematographer Ron Fricke explains that the effect was intentional. "It's not where you are that's important, it's what's there."
The DVD also includes behind the scenes footage, including scenes of the grueling shoot at Ayer's Rock in Australia, when a plague of flies of Biblical proportions made it impossible to film until they rigged up a vacuum to suck the bugs away from the lens.

Soundtrack

Baraka has a stunning and varied soundtrack. Primarily composed by Michael Stearns, but also including contributions from many other artists and performers.

Samsara - the sequel

Ron Fricke is working on a sequel to Baraka entitled Samsara.

Credits

Directed and filmed by Ron Fricke.
Produced by Mark Magidson.
Edited by Ron Fricke, Mark Magidson and David Aubrey.
Production supervised by Alton Walpole.
Music by Michael Stearns, Dead Can Dance, David Hykes/The Harmonic Choir, Somet Satoh, Anugama & Sebastiano, Kohachiro Miyata, Inkuyo, L. Subramaniam, Monks of the Dip Tse Chok Ling Monastery, Rustavi Choir, Ciro Hurtado, Brother.

2008-04-09

2008-04-07

perfect day

som











Oh its such a perfect day,

Im glad I spent it with you.
Oh such a perfect day,
You just keep me hanging on,
You just keep me hanging on.

2008-04-01

equinócio

AFINAL

Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.

Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas,
Quanto mais personalidade eu tiver,
Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver,
Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas,
Quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento,
Estiver, sentir, viver, for,
Mais possuirei a existência total do universo,
Mais completo serei pelo espaço inteiro fora.
Mais análogo serei a Deus, seja ele quem for,
Porque, seja ele quem for, com certeza que é Tudo,
E fora dEle há só Ele, e Tudo para Ele é pouco.

Cada alma é uma escada para Deus,
Cada alma é um corredor-Universo para Deus,
Cada alma é um rio correndo por margens de Externo
Para Deus e em Deus com um sussurro soturno.

Sursum corda! Erguei as almas! Toda a Matéria é Espírito,

Porque Matéria e Espírito são apenas nomes confusos
Dados à grande sombra que ensopa o Exterior em sonho
E funde em Noite e Mistério o Universo Excessivo!
Sursum corda! Na noite acordo, o silêncio é grande,
As coisas, de braços cruzados sobre o peito, reparam

Com uma tristeza nobre para os meus olhos abertos
Que as vê como vagos vultos noturnos na noite negra.
Sursum corda! Acordo na noite e sinto-me diverso.
Todo o Mundo com a sua forma visível do costume
Jaz no fundo dum poço e faz um ruído confuso,

Escuto-o, e no meu coração um grande pasmo soluça.

Sursum corda! ó Terra, jardim suspenso, berço
Que embala a Alma dispersa da humanidade sucessiva!
Mãe verde e florida todos os anos recente,
Todos os anos vernal, estival, outonal, hiemal,
Todos os anos celebrando às mancheias as festas de Adonis
Num rito anterior a todas as significações,
Num grande culto em tumulto pelas montanhas e os vales!
Grande coração pulsando no peito nu dos vulcões,
Grande voz acordando em cataratas e mares,
Grande bacante ébria do Movimento e da Mudança,
Em cio de vegetação e florescência rompendo
Teu próprio corpo de terra e rochas, teu corpo submisso
A tua própria vontade transtornadora e eterna!
Mãe carinhosa e unânime dos ventos, dos mares, dos prados,
Vertiginosa mãe dos vendavais e ciclones,
Mãe caprichosa que faz vegetar e secar,
Que perturba as próprias estações e confunde
Num beijo imaterial os sóis e as chuvas e os ventos!

Sursum corda! Reparo para ti e todo eu sou um hino!
Tudo em mim como um satélite da tua dinâmica intima
Volteia serpenteando, ficando como um anel
Nevoento, de sensações reminescidas e vagas,
Em torno ao teu vulto interno, túrgido e fervoroso.
Ocupa de toda a tua força e de todo o teu poder quente
Meu coração a ti aberto!
Como uma espada traspassando meu ser erguido e extático,
Intersecciona com meu sangue, com a minha pele e os meus nervos,
Teu movimento contínuo, contíguo a ti própria sempre,

Sou um monte confuso de forças cheias de infinito
Tendendo em todas as direções para todos os lados do espaço,
A Vida, essa coisa enorme, é que prende tudo e tudo une
E faz com que todas as forças que raivam dentro de mim
Não passem de mim, nem quebrem meu ser, não partam meu corpo,
Não me arremessem, como uma bomba de Espírito que estoira
Em sangue e carne e alma espiritualizados para entre as estrelas,
Para além dos sóis de outros sistemas e dos astros remotos.

Tudo o que há dentro de mim tende a voltar a ser tudo.
Tudo o que há dentro de mim tende a despejar-me no chão,
No vasto chão supremo que não está em cima nem embaixo
Mas sob as estrelas e os sóis, sob as almas e os corpos
Por uma oblíqua posse dos nossos sentidos intelectuais.

Sou uma chama ascendendo, mas ascendo para baixo e para cima,
Ascendo para todos os lados ao mesmo tempo, sou um globo
De chamas explosivas buscando Deus e queimando
A crosta dos meus sentidos, o muro da minha lógica,
A minha inteligência limitadora e gelada.

Sou uma grande máquina movida por grandes correias
De que só vejo a parte que pega nos meus tambores,
O resto vai para além dos astros, passa para além dos sóis,
E nunca parece chegar ao tambor donde parte ...

Meu corpo é um centro dum volante estupendo e infinito
Em marcha sempre vertiginosamente em torno de si,
Cruzando-se em todas as direções com outros volantes,
Que se entrepenetram e misturam, porque isto não é no espaço
Mas não sei onde espacial de uma outra maneira-Deus.

Dentro de mim estão presos e atados ao chao
Todos os movimentos que compõem o universo,
A fúria minuciosa e dos átomos,
A fúria de todas as chamas, a raiva de todos os ventos,
A espuma furiosa de todos os rios, que se precipitam,

A chuva com pedras atiradas de catapultas
De enormes exércitos de anões escondidos no céu.

Sou um formidável dinamismo obrigado ao equilíbrio
De estar dentro do meu corpo, de não transbordar da minhalma.
Ruge, estoira, vence, quebra, estrondeia, sacode,
Freme, treme, espuma, venta, viola, explode,
Perde-te, transcende-te, circunda-te, vive-te, rompe e foge,
Sê com todo o meu corpo todo o universo e a vida,
Arde com todo o meu ser todos os lumes e luzes,
Risca com toda a minha alma todos os relâmpagos e fogos,
Sobrevive-me em minha vida em todas as direções!

Fernando Pessoa

2008-03-19

in box

the switch - vancouver film school

2008-03-18

filme museu chris mccandless

Recentemente licenciado e com um brilhante futuro à sua frente, Christopher McCandless (Emile Hirsch), um jovem de 22 anos, opta por prescindir da sua vida privilegiada e parte em busca de aventura. A sua viagem transforma-o num símbolo de resistência para inúmeras pessoas. Mas quem era Christopher McCandless? Um aventureiro heróico ou um idealista ingénuo, um Thoreau rebelde dos anos 90 ou mais um filho americano perdido a vaguear? Um homem que arriscava tudo ou uma trágica figura a lutar com o precário equilíbrio entre o Homem e a Natureza?
Realizado por Sean Penn a partir do aclamado livro-êxito de Jon Krakauer, retrata cada etapa da viagem pela América de McCandless e as personagens coloridas que vai encontrando e que vão moldando o seu carácter.

O Lado Selvagem
Título original: Into The Wild
De: Sean Penn
Com: Emile Hirsch, Marcia Gay Harden, William Hurt
EUA, 2008, Cores, 140 min.
PÚBLICO

2008-03-15

Caramel سكر بنات

delicioso...

Em Beirute, cinco mulheres cruzam-se num salão de beleza, um microcosmos colorido em que várias gerações se encontram e partilham segredos e intimidades. Layale é amante de um homem casado e vive na esperança que ele deixe a mulher um dia. Nisrine é muçulmana e vai casar-se em breve, mas já não é virgem e teme a reacção do futuro marido quando ele descobrir. Rima vive atormentada pela sua atracção por mulheres, especialmente uma cliente do cabeleireiro. Jamale vive obcecada pela idade e pelo físico. E Rosa sacrificou a sua vida pessoal para tratar da irmã. No salão, os homens, o sexo e a maternidade são os temas de conversa. Conversas íntimas, que gozam de uma liberdade que não têm no mundo exterior.


Título original: Caramel
De:
Nadine Labaki
Com:
Nadine Labaki, Yasmine Elmasri, Joanna Moukarzel

PÚBLICO

2008-03-11

experimenta

de todo o lado nos pressionam para acabarmos com a experimentação. nas artes e fora delas...

2008-03-07

jose cid na prisão



ai queres favas....

brian dettmer

escarafunchador de livros

With surgical tools, tweezers and steady hands, Dettmer approaches old books like an experimental surgeon, meticulously slicing and cutting around illustrations and words inside the book’s body, removing parts of thin paper skin until what’s left looks like the book’s skeleton — either that or a super diorama built by the class overacheiver. Working exclusively with old tomes like dictionaries, encylopedias and medical textbooks, Dettmer’s doing a 21st-century mash-up by deriving new meanings from the outdated images and words he’s left exposed, and that are now linked together visually or ideally so as a whole they’re relevant to today.
Josh Spear

2008-03-05

viva a rita

ouvir
Espalhem a notícia
do mistério da delícia
desse ventre
espalhem a notícia do que é quente
e se parece
com o que é firme e com o que é vago
esse ventre que eu afago
que eu bebia de um só trago
se pudesse

Divulguem o encanto
o ventre de que canto
que hoje toco
a pele onde à tardinha desemboco
tão cansado
esse ventre vagabundo
que foi rente e foi fecundo
que eu bebia até ao fundo
saciado

Eu fui ao fim do mundo
eu vou ao fundo de mim
vou ao fundo do mar
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher bonita

A terra tremeu ontem
não mais do que anteontem
pressenti-o
o ventre de que falo como um rio
transbordou
e o tremor que anunciava
era fogo e era lava
era a terra que abalava
no que sou

Depois de entre os escombros
ergueram-se dois ombros
num murmúrio
e o sol, como é costume, foi um augúrio
de bonança
sãos e salvos, felizmente
e como o riso vem ao ventre
assim veio de repente
uma criança

Falei-vos desse ventre
quem quiser que acrescente
da sua lavra
que a bom entendedor meia palavra
basta, é só
adivinhar o que há mais
os segredos dos locais
que no fundo são iguais
em todos nós

Letra e música: Sérgio Godinho
Intérprete: Sérgio Godinho
In: "Canto da boca", 1981

2008-03-04

bad day

patrick watson - the great escape

mystery box

2008-03-02

to build a home

the Cinematic Orchestra

2008-02-28